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03/01/2010 - Descarte irregular de lixo gerou 552 multas a moradores e comerciantes em dois anos

(Gladson Angeli - Gazeta do Povo)

Segundo a secretaria municipal do Meio Ambiente, são coletadas de 50 a 70 toneladas de lixo tóxico – pilhas, baterias de celular, tintas, lâmpadas fluorescentes, remédios e óleo - por ano em Curitiba

A falta de atenção na hora de jogar o lixo pode pesar no bolso dos curitibanos. De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, 552 multas foram aplicadas a moradores e comerciantes nos últimos dois anos por não separar adequadamente ou por depositar o lixo em local inadequado. Um dos problemas é o descarte junto com o lixo comum de pilhas, baterias de celulares, lâmpadas florescentes, tintas, remédios, embalagens de inseticidas e óleo de fritura.

Estes produtos são considerados tóxicos e prejudiciais ao Meio Ambiente. Uma pilha comum, por exemplo, contém metais pesados: chumbo, cádmio e mercúrio, além de manganês, cobre, níquel, cromo e zinco. A engenheira química Josiana Koch, do departamento de pesquisa e monitoramento da secretaria do Meio Ambiente, explica que se descartadas em locais inapropriados as pilhas podem vazar e contaminar o solo e os rios. “O seres humanos e os animais podem se contaminar bebendo água ou se alimentado de plantas que absorveram estes metais do solo”, afirma.

No caso das lâmpadas fluorescentes a preocupação é em razão do mercúrio. A engenheira explica que quando elas são quebradas o produto evapora rapidamente e pode ser inalado. “O mercúrio é altamente tóxico e vai se acumulando no corpo podendo causar danos neurológicos e a grávida pode transmitir para o bebê”, conta.

Já o óleo de cozinha despejado no ralo da pia acaba indo parar nos rios. Como o produto não se mistura com a água, forma uma película na superfície dos rios que impede a troca de oxigênio, colocando em risco as espécies que vivem ali. Os remédios não devem ser descartados no lixo comum, pois podem acabar nas mãos de outras pessoas que farão o uso incorreto destes produtos.

As multas aplicadas pelos agentes ambientais variam de R$ 250 a R$ 12 mil. Os recursos são destinados ao fundo municipal do Meio Ambiente. Mas antes de aplicar a multa, os fiscais orientam e notificam os infratores. Nos últimos dois anos foram 739 notificações.

Separação

Para não correr o risco de ser penalizado, o primeiro passo é separar o lixo comum (cascas de frutas, verduras, restos de alimentos, papel higiênico e fraldas descartáveis), o “lixo que não é lixo” (papéis, plásticos, vidros e metais) e o lixo tóxico. Os resíduos comuns e os recicláveis são recolhidos pela prefeitura.

Já o lixo tóxico tem de ser entregue em um caminhão especial que fica cada dia em um dos terminais de ônibus do transporte coletivo de Curitiba. A lista com os dias e os terminais também pode ser conferida no site da prefeitura, mas a relação termina no dia 29 de dezembro, no Capão da Imbuia. A nova tabela deve estar disponível a partir de 4 de janeiro.

Desde 2004, o condomínio Quintas do Cabral implantou um sistema de coleta seletiva. Foram instaladas lixeiras separadas para papel, plástico, metal, vidro e orgânico em cada um dos quatro blocos. Mais recentemente também foi colocado um tambor para receber o óleo de cozinha e uma caixa para pilhas e lâmpadas.

Segundo o sindico do condomínio, Tarcisio Damaso da Silveira, os cerca de 400 moradores produzem 60 sacos de lixo, de 200 litros cada, por semana. Ele conta que fez parceria com uma empresa que recolhe o óleo e recicla. Já as pilhas e lâmpadas são entregues nos caminhões nos terminais. “Quando implantamos este sistema houve resistência por parte de alguns moradores, mas hoje todos já entenderam que é importante fazer este serviço”, disse o sindico.

Segundo a secretaria, são coletadas de 50 a 70 toneladas de lixo tóxico por ano em Curitiba. O material é encaminhado para uma empresa especializada no tratamento deste tipo de resíduo.


Outros pontos de coleta

Shopping Mueller:
Desde 2008 o shopping recebe baterias de celulares e pilhas usadas. Recipientes coletores, chamados de papa-pilhas, estão instalados ao lado dos caixas de pagamento do estacionamento nos pisos G1, G2 e Passarela. O material é recolhido pela Cavo, mesma empresa responsável pela limpeza pública de Curitiba, é encaminhado para Central de Tratamento de Resíduos Industriais, da empresa Essencis Soluções Ambientais, na CIC.

Vivo, Claro, TIM e Oi:
As principais operadoras de telefonia celular mantêm em suas lojas urnas para recolha de aparelhos velhos, baterias e acessórios. A Vivo e a Oi exigem que a pessoa preencha e assine um termo de doação disponível nas lojas. O material retirado dos celulares é usado na fabricação de outros aparelhos eletrônicos, como telas de LCD, máquinas fotográficas, ligas metálicas, brinquedos e até joias.

Banco Real e Santander:
Em 2007, o Banco Real criou o “Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias”. Os papa-pilhas estão presentes em grande parte das agências do Banco Real e também em 175 agências do Santander, duas em Curitiba.

Pão de Açucar:
A rede possui estações para coleta de óleo de cozinha. O produto recolhido é encaminhado para cooperativas de reciclagem. Em Curitiba são quatro locais: loja República - Avenida República Argentina, 391/435/447; loja Batel – Rua Coronel Dulcídio, 915; loja Champagnat – Rua Martin Afonso, 2162; loja Jardim Social – Rua Arquimedes Cruz, 85.




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