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16/01/2009 - Onze dias depois da promessa, lixo ainda se acumula

(Gazeta do Povo)

Foi realizada na noite de quinta-feira (15/01) mais uma das audiências públicas que ajudarão a definir o novo destino do lixo de 16 municípios da região de Curitiba. A reunião, que ocorreu na Rua da Cidadania do Pinheirinho, no sul da capital, serviu para mostrar os desentendimentos entre moradores, o consórcio de municípios e o ministério público.

Os municípios não querem fazer exatamente um aterro e sim uma fábrica com uma tecnologia que, segundo eles mesmos, transformaria o lixo em empregos e dinheiro. O sistema terá de ser implantado até o mês de agosto de 2009, quando se esgota definitivamente a capacidade do Aterro da Caximba, atual destino dos resíduos. Três áreas em três cidades foram escolhidas como as que poderão receber o empreendimento: Mandirituba, Fazenda Rio Grande e Curitiba, esta em um terreno próximo ao atual aterro. As propostas foram apresentadas para os moradores e a decisão será por meio de estudos técnicos dos órgãos de meio ambiente.

O Ministério Público questionou o projeto. O procurador do meio ambiente destacou a importância de melhorar sistema de separação do lixo. A procuradora do trabalho perguntou se, com o novo sistema, os catadores de papel não iriam perder a fonte de renda. A representante do consórcio não gostou das declarações e afirmou que não se deve levar só em conta a opinião pessoal dos promotores.

Os moradores da Caximba, em sua maioria, mostraram-se contrários à instalação de mais um aterro no bairro. Eles apresentaram camisetas e faixas de protesto, além de formarem uma comissão para questionar na justiça o novo sistema.

O promotor do meio ambiente Saint Claire dos Santos também se mostrou contra a instalação de um novo aterro na Caximba. “Sem o nosso consentimento, isso se caracteriza como violência contra o ser humano. Não existe lugar no mundo onde tenha um lixão em cada lado da rua”, afirmou o promotor à reportagem da RPC-TV.

Na quinta-feira, o promotor Robertson de Azevedo afirmou que o Ministério Público defende a instalação de um aterro em cada município. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba defende que seja escolhido apenas um lugar para que a indústria tenha viabilidade econômica.

O secretário municipal do meio ambiente de Curitiba, José Andreguetto explicou que a proposta não é a de se fazer um aterro e que a nova medida não influenciaria os catadores. “Não queremos mais enterrar e empilhar o lixo, queremos gerar emprego e renda e o lixo que será matéria prima é o que normalmente vai para o aterro. Precisamos de um único lugar para termos volume e escala econômica para a indústria. Não podemos instalar em Piraquara e Pinhais, pois são áreas de manancial”, explicou ao Paraná-TV.




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